14.3.13

Sur Mon Coeur


Araras, 8 de março de 2013.

Faz calor no interior.
Tenho tido medo de mim, do que posso fazer comigo, do que tenho feito.
Permaneço deitada num sofá machucado pelo tempo. Sinto uma parte da madeira dele em minha espinha, mas não dói.
Meu corpo se adaptou à ele, ou ele à mim.
Somos um só.
Eu sou uma menina sofá.
Tenho estado triste, não gosto de abrir as janelas. Os motores dos carros que passam por essa avenida, denunciam uma localização que desconheço e isso me amedronta.
O sol me assusta, a vida engole quem não é forte o bastante pra sentir a luz do sol.
Não tenho sido uma boa companhia pra ninguém.
Estar só, sentir-se só.
Há lagrimas, há um nó.
Ser ou estar incapaz, diante do tempo.
Talvez a vida seja isso, essa insatisfação. Esse engolir sem saber o que ou por quê.
Ou talvez eu esteja apenas deprimida.

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