21.9.12

a ausência autoexplicativa de rui

rui sempre foi o cara certo pra mim, todo mundo sempre disse. afinal de contas, vani não teria sentido sem rui.
eu mesma já aceitei a ideia de que nenhum outro virá a ser o que rui foi, comigo.
são quase duas da manhã, eu estive pensando em telefonar para rui, mais uma vez.
quando digo mais uma vez, me refiro a esta ideia, a de telefonar.
segundos antes, conversava com rui num chat desses de rede social.
dizia justamente sobre essa falta, essa necessidade que sinto. essa coisa toda imensa, grande e explosiva dentro de mim.
rui me explicava sobre a vastidão do ser, dizia que ainda não era hora de sermos amigos tão próximos.
essa proximidade poderia nos ferir ainda mais, até por que não estava disposto a estar próximo.
não me vi no direito de telefonar, vocês entendem isso? eu simplesmente não me vi no direito de entrar na vida de alguém forçadamente, não mais.
rui merece a alegria de ser. e tem sido feliz.

entendo que não seremos o que fomos, novamente e significativamente, um na vida do outro.
nem quero ser, não quero ferir, não quero deixar.
quero ser uma recordação gostosa, com cheiro de maçã-verde.


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