12.8.12

registrando sonhos I

acordei atordoada, havia sonhado com tullio, veja bem, não o conhecia, mas havia sonhado com ele.

vida conturbada, há dias não tinha sonhos bons.
adquiriu o hábito de fumar maconha todos os dias para dormir mais vagarosamente.
foram alguns minutos entre o deitar na cama e o fechar os olhos, até que surgiu a projeção do que talvez, fosse um sonho, e era.

a casa era grande e antiga, tinha moveis engraçados e ao mesmo tempo assustadores.
um manequim sem cabeça, uma espada cheia de sangue que na verdade era molho de tomate, milhões de almofadas de veludo-de-todas-as-cores. um abajur que não era cor de carne, longe disso, era cheio de luz e muito sombrio, como se estivesse derretendo, consegue projetar isso em sua mente?

estávamos deitados em meio as almofadas, eu e tullio. só!
conversávamos sobre casas no campo, a lonjura de qualquer contato que não fosse o de almas irmãs.
tullio parecia estar em paz, com seu cabelo bagunçado, sua brancura pálida e seus lábios que beijavam-me as costas, num carinho que não era terrestre. não sentia medo, nem frio, o arrepio não despertava outra intenção que não fosse a de permanecer assim, toda a vida, com tullio.

acordei atordoada, havia sonhado com tullio, que coisa engraçada não? nem o conhecia!

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