3.7.12

III

eu tenho tido vontade de ser leve e você é o culpado por isso.
você não lê minhas linhas e eu escrevo e choro, por estar vulnerável demais.
eu sei que eu tenho apressado as coisas de forma que talvez tudo isso venha te assustando, como à mim.
eu não quero mais ser triste o tempo todo!
eu sinto sua falta e te espero com a fidelidade de um cão abandonado.

o dia está lindo e você não vem, não se aproxima.
eu estive pensando em me mudar, algum lugar em que possamos construir uma casa na arvore
com uma varanda gigantesca e o céu estrelado como telhado nas noites quentes,
mas você tem estado tão distante que eu acho que estou ficando louca.

você já viu um ser humano ensandecido, docinho?

penso que talvez eu esteja realmente ficando louca.
e você não está, nem aqui e nem lá.
preciso de você mais perto, preciso de você mais perto.

venha, me dê a mão.

temos a eternidade inteira para morrer.

hoje o dia pode ser apenas delicado.

vem!

Um comentário:

  1. Convite irresistível para o "docinho" recusar. Muito bonito, Lô!

    Au revoir.

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