23.2.12

um gole de vida

ela parou se apoiando no batente da porta. sorriu e começou o jogo.
vestia uma camiseta alguns números maior, surrada. o esmalte vermelho estava gasto.
trazia consigo um copo de uísque com duas pedrinhas de gelo.
bebia goles delicados e mordia os lábios descaradamente.

eu estava estática, só observava e me perguntava
por que diabos ela conseguia ser tão sensual mesmo trajando uma camiseta velha?

na ponta dos pés ela começou alguns movimentos, eu estava vidrada.
ameaçava tirar a camiseta e gargalhava.
me olhava em todos os momentos.
tirou os braços da manga da camiseta e deixou que caísse no chão, levando a mão nos lábios
como quem diz: opa, não era pra acontecer.

senti o coração pulsar violentamente, mas me segurei pra não ir até ela
e lhe arrancar o pouco de roupa que vestia, com os dentes.
não conseguia tirar os olhos dela.

ela passava as mãos nas alças do sutiã que era preto com rendinhas vermelhas.
um convite para a perdição, foi então que o tirou, me possibilitando a visão do paraíso.
seios lindos, rosados, fartos, queria mesmo era me perder entre eles, com eles!

não resisti, corri para eles, como um animal selvagem.
beijava-os, chupava-os, estava adorando brincar com os seios dela.
então desci, beijava agora sua barriga, seu umbigo. minhas mãos percorriam seu corpo.
sempre achei o corpo feminino algo divino!

beijava seu ventre e continuava a descer...

queria me fartar no gole de vida que havia entre suas pernas.
pernas grossas, delineadas.

e foi o que fiz, bebi da fonte da vida.
me deliciei, delirava!
não parei enquanto não senti seu corpo me abraçar involuntariamente.

fiz isso com ela, mas só gozo pra antiga.