5.10.12

coração marinheiro.

Tento escrever, mas de meu eu, só há o choro contido nessas linhas.
Poderia pegar nossa antiga mochila, a mochila de quando papai nós abandonou pela primeira vez, para viver o mar de perto.
Meu coração é um marinheiro, meu irmão, um marinheiro, como o de nosso pai.
Cruzar as fronteiras, inventar amores pela estrada, nada disso doeria tanto quanto permanecer nessa velha cabana e te ver partir, meu querido irmão.
Mas se faz necessário trilhar novos caminhos. Ao menos temos a arte, como maldição em nossas vidas.
Papai era um velho lobo do mar, de herança nos restou essa eterna 'sede de viver', estamos cansados de viver os livros, você precisa seguir seu caminho, e eu decido que navegar para longe é o melhor a ser feito agora. Que a vida nos seja leve como o amor, e dura como uma mãe rígida. Que não nos falte o amor, em qualquer ocasião. É preciso partir, meu velho irmão.

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